DST - A PREVENÇÃO É O MELHOR REMÉDIO

06/06/2011 16:35

Por Assíria Mirra

Junho é mês de comemorar o dia dos namorados, presentear, é a data em que a maior parte dos casais procuram passar o máximo de tempo ao lado da pessoa por quem se está apaixonado.

Ganhar ou dar presente nesse dia é muito bom, principalmente quando se percebe que a escolha foi certa, mas existe uma coisa que com certeza vai sempre agradar a parceira ou parceiro na hora do namoro, a garantia de que ao relacionar-se com o outro não trará problemas com as chamadas DST - Doenças sexualmente Transmissíveis. 

De acordo com o Ministério da Saúde, o números de pessoas infectadas por esse tipo de doença vem crescendo a cada ano. O doutor Guilherme Souza, formado na Escuela Latino Americana de Medicina (ELAM) em Cuba, conversou conosco para esclarecer dúvidas e mitos sobre o assunto:

Paradoxo: O que são DST?

Guilherme: Por definição DST significa doenças sexualmente transmissíveis, também conhecida como infecção sexualmente transmissível (IST), que consiste na transmissão de agentes infecciosos (fungos, vírus, bactérias e parasitas) através do contato sexual, ainda que não exclusivamente por esta via. Causando inúmeras manifestações clínicas, algumas de resolubilidade fácil, outras de tratamento longo, outros permanecem de forma latente e outros por toda uma vida como o caso do HIV/SIDA.
 
Paradoxo: Elas são mais freqüentes em pessoas solteiras?

Guilherme: A melhor forma de definir a freqüência dessas doenças seria o grupo da população sexualmente ativa, ainda que a parcela considerada solteira, tanto homens quanto mulheres, ofereça comportamentos de risco. Baixas condições socioeconômicas  e culturais são apenas alguns fatores que podem aumentar os indicadores dessa doença.

Paradoxo: A gente sabe que muitas pessoas conhecem as maneiras de se previnir contra essas doenças, mas existe algo que as pessoas não podem esquecer, mesmo estando apaixonada?

Guilherme:  Hoje com a globalização, o acesso a informação para a prevenção de DST chega a grande parte da população ainda que se vai contra os níveis de escolaridade, resta uma parcela que não tem instrução adequada deste tipo de doenças. E mais que uma paixão as pessoas devem se lembrar que prevenir é o melhor remédio.
 
Paradoxo: Quais os maiores mitos e maiores verdades sobre esse tipo de doença?

Guilherme: Mitos seriam dizer que o HIV se transmite por picada de mosquito, que mulheres casadas tem menos risco de contrair HIV que as solteiras.
Maior verdade: que a camisinha é o método mais eficaz na prevenção deste tipo de doenças, alem dos conhecimentos científicos sobre cada uma delas.
 
Paradoxo: Quando uma pessoa está apaixonada, o organismo dela pode sofrer alguma mudança?

Guilherme: No mundo das relações humanas, nossos comportamentos estão regulados por uma série de hormônios e neurotransmissores, entre eles endorfinas e serotonina, que produzem a sensação de prazer e bem estar, que podem fazer com que a pessoa procure até se cuidar mais esteticamente.

Paradoxo: Como funciona o sistema nervoso de uma pessoa nesse estado de apaixonado?

Guilherme: O cérebro registra grande atividade durante o "período apaixonado". Deve-se a maior produção de dopamina, criando certa euforia, assim como a adrenalina, responsável da excitação, a endorfina e a serotonina criam a sensação de bem estar e os hormônios sexuais se responsabilizam pela apetência sexual, que deixam o organismo ate certo ponto "intoxicado", sobretudo o cérebro que depois de aproximados 24 meses diminuem. Por isso o “estar apaixonado” é passageiro.

Paradoxo:
Essas mudanças podem ser maiores em mulheres ou em homens, ou não, elas variam de pessoa a pessoa?

Guilherme: Como se trata de um sistema aparentemente igual, deve-se lembrar que cada ser humano é único e responde de maneira individual.