Hoje

13/06/2011 08:49

Por Assíria Mirra

Hoje quando estava a caminho do trabalho e pensando o que escreveria no primeiro espaço de opinião concedido a mim pela paradoxo entrei no ônibus e  parei na pose “tipo sardinha enlatada” perto de duas adolescentes, todas duas loiras, dos olhos claros.Para minha felicidade elas conversavam justamente sobre o dia dos namorados.

 

O assunto entre elas me deixou literalmente com uma pulga atrás das orelhas. Uma delas falava, “eu namorar, nem pensar, com tanto homem bom por ai, vou me prender a um só”. O comentário da outra, para mim, ainda foi mais chocante, ela além de concordar com a amiga, disse que hoje em dia tudo é festa, que esse negocio de namorar, na opinião dela, é só para dar dor de cabeça, e  terminou assim, “Rodei aquele Axé todo esse ano, beijei uns 20, sai de lá satisfeita e nem doeu”

 

 

Bom, essa não é a primeira vez que vejo adolescentes e jovens fazendo abordagens desse tipo sobre o assunto, relacionamento. Além disso existem tantos outros que acreditam que manter um relacionamento a dois é coisa do tempo de seus pais, de gente mais velha.

 

 

Mas não são todas as pessoas que pensam assim, afinal de contas o individuo precisa estar inserido em um grupo, estabelecer relações sólidas desde tenra idade. Uma grande parte da população quando chega a idade adulta sente necessidade de ter um relacionamento amoroso sério.

 

Daqueles que envolvam os primeiros flertes, a  troca de olhares, de sorriso, a conquista, os primeiros beijos, aquela primeira entrevista básica (quando não se conhece a vida do outro) e por ai vai, até o pedido de namoro. Prova disso aqui no Brasil, foi o sucesso das passeata dos “Sem namorados” que acontece todo ano no Rio de Janeiro, onde as pessoas reivindicam estarem cansadas de ficar sozinhas.

 

No ano de 2009, segundo o site O Globo, a polícia estimou a participação de 400 pessoas, já no ano de 2010 o abril.com divulgou que participaram do movimento 6.000 pessoas. Todo esse processo de busca por um parceiro, e principalmente o sucesso dessa busca, são saudáveis, estimulam o corpo.

 

As palpitações do primeiro encontro, todos os suspiros quando se está longe da pessoa por quem se está apaixonada aceleram o batimento cardíaco, contribui para uma pele mais bonita e maior disposição física, é o que afirma o Doutor Guilherme Souza.

 

Sabemos que estamos em um país democrático, onde comportamento igual o das adolescentes não é crime nenhum, além do mais elas estão na flor da idade, cheias e energia, também estão seguindo um estereotipo que lhes é apresentado por um grupo social do qual fazem parte.

 

Porém isso não é saudável principalmente por que estão suscetíveis a contribuírem para o crescente numero de adolescentes grávidas, e pior que isso, a terem a dor de cabeça ao se verem com uma DST (Doença Sexualmente Transmissível).

 

Além do mais em uma conversa que tive um dia desses com ginecologista e obstetra Roberto Teles  as pessoas envolvidas em relacionamentos sério, estão protegidas de problemas mentais e até cardiovasculares, além de consumir menos álcool e menos tabaco e dirigirem com mais prudência.

 

E apesar de estarmos em um mundo globalizado, onde o mundo virtual é um espaço aberto para se encontrar um amor, não tenha medo de conhecer pessoalmente, do cara-a-cara. No dia dos namorados, e não só nesse dia, procure olhar para os lados. Se entregue as emoções de um relacionamento, busque conhecer o outro, valorize no parceiro os mais simples gestos, sorria sempre, e peça desculpas quando estiver errado, por que como diz o poema.

 

 

 

“O Amor...”

É difícil para os indecisos.
É assustador para os medrosos.
Avassalador para os apaixonados!
Mas, os vencedores no amor são os
fortes.
Os que sabem o que querem e querem o que têm!
Sonhar um sonho a dois,
e nunca desistir da busca de ser feliz,
é para poucos!!"

Cecília Meireles